Ceias de Natal ao redor do mundo
Quando se trata da ceia de Natal na Grã-Bretanha, não há muita variação. Peru com todas as guarnições, seguido por uma montanha de pudim de Natal que senta-se em seu estômago como uma bala de sebo de canhão, é tão tradicional quanto a reunião em família e o discurso da rainha.
Ao redor do mundo, no entanto, as pessoas tem todos os tipos de festividades, sejam elas estranhas ou maravilhosas. Em grande parte da Europa, a refeição principal é realizada no dia 24 de dezembro, e não sobra nenhum cisco de peru para ser visto no dia seguinte.
Na Polônia, eles preparam um enorme banquete chamado Wigilia, ou a Ceia Estelar, com pratos como borscht (sopa feita, em sua maioria, de beterrabas) e dumplings ( bolinhos de massa com diversos recheios).
Na Itália, a maioria das famílias evitam a carne na véspera de Natal em favor da Festa dos Sete Peixes, onde iguarias como a enguia frita são a estrela do show (massas e carnes, como il cotechino, uma salsicha feita a partir de intestinos de porco, são servido no dia seguinte).
Na Alemanha, onde ganso assado e o chucrute (repolho roxo) são os reis da mesa de Natal, a lenda diz que aqueles que não comerem bem na véspera de Natal vão ser assombrados por demônios – por isso não há desculpa para não tentar fazer caber aquela última fatia de carne.
Algumas dos mais comidas de Natal que mais fazem as pessoas levantarem a sobrancelha vem da Islândia, onde não é nada incomum servir-se papagaio-do-mar ou rena assada – algo que deve dificultar as histórias natalinas para as crianças.
A Eslováquia também tem alguns pratos festivos um tanto incomuns, como a kapustnica, uma sopa espessa de repolho e carpa frita.
Aliás, no Leste Europeu, as carpas são compradas vivas por muitas famílias que as mantêm na água até que chegue a hora de cozinhá-las.
Muito mais apetitosa é a tradição na região de provença, na França, onde 13 sobremesas são criadas em homenagem a Cristo e aos 12 apóstolos. Elas são deixadas expostas por três dias para as pessoas a beliscarem (quanto tempo elas durariam em casas brasileiras? Hahaha).
Ao longo do Oriente, tradições festivas ficam ainda mais estranhas. Natal não é um feriado nacional no Japão, onde menos de um por cento da população é cristã, mas há um ritual “natalino” que eles adoram: KFC. Uma campanha super inteligente de marketing feita por esta companhia de fast-food nos anos setenta convenceu os japoneses que o Natal e o Coronel Sanders (fundador e ícone do Kentucky Fried Chicken) estavam interligados. O slogan era “Kurisumasu ni wa kentakkii!”, ou “Kentucky para o Natal!”. O resultado são filas que dobram o quarteirão de pessoas loucas para colocar as mãos em um balde festivo em dezembro.
No Egito, os cristãos gostam de se empanturrar na véspera de Natal, muitas vezes tarde da noite, após a missa. Como o Egito ainda segue o Calendário Copta, no entanto, isso não ocorrerá até janeiro dia 6. Muitos cozinham uma refeição especial, conhecida como fata, uma espécie de guisado de cordeiro com arroz, pão e alho, para mantê-los em clima de feriado.
Apesar do calor que cozinha, os australianos adoram um Natal tradicional britânico. Mas um piquenique ou churrasco é tão comum e, sim – eles costumam jogar um ou dois camarões na churrasqueira. Pavlova, por alguma razão, é uma sobremesa popular, embora o pudim de Natal também seja tradicional. Na época da corrida do ouro, uma pepita de ouro da sorte era, por vezes, escondida dentro do pudim, ao invés de uma moeda.
Nas Américas, o Natal pode ser um negócio picante. Na véspera de Natal, os mexicanos se dobram em guisados e pratos de peixe tradicionais, com tamales picantes (bolos de massa de milho) e bolinhos doces chamados buñuelos.
Os peruanos têm um bom gosto para o peru, e também muito chocolate quente, o máximo que eles possam aguentar: muitas organizações realizam reuniões nas época festivas, chamadas de chocolatadas, onde os moradores pobres são tratados com a bebida, juntamente com doces e brinquedos.
E no Brasil, como nós já sabemos, o churrasco e a cerveja lideram, juntamente com o peru.
Muito arroz e muita farofada para todos!
Fonte: Telegraph